quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Socialismo na música

Uma das minhas maiores paixões, sem dúvidas é a música. E ela sempre foi uma grande forma de protesto e expressão, e suas temáticas também eram o Socialismo e o Comunismo.
Durante anos em muitos países houveram bandas socialistas, e aqui venho apresentar algumas aos q não conhecem, e mostrar um pouco da história de cada banda.

Angelic Upstarts

Capa do cd " Anthems Against Scum" ( hinos contra a escória), óbvia alusão aos movimentos Nazi-fascistas, ilustrando a foto de Lênin, a foice e o martelo.

O Angelic Upstarts foi uma banda inglesa de punk rock da vertente Oi!, formada em South Shields, nordeste da Inglaterra, em 1977. Era uma banda anti-fascista, antipolicial, pró-IRA, socialista e proletária. Talvez, seja a mais famosa das bandas socialistas.
O "Angelic Upstarts" sempre foram abertamente anti-fascistas e comunistas, tanto que garantiram a antipatia dos skins de direita em seus shows e eram constantemente interrompidos pelos nazi-fascistas ou pela polícia. Não eram militantes de partido ou organização alguma, mas nunca abriram mão de letras altamente politizadas e uma postura de esquerda. Os "Upstarts" participaram das iniciativas do RAR ("Rock Contra o Racismo", em oposição ao "Rock Contra o Comunismo" organizado pelos nazis, sob a liderança de Ian Stuart), foram figuras entre os fundadores do grupo "Skins Against Nazis" (Skins Contra os Nazis) e dedicaram o álbum "2.000.000 Voices" ao líder sindical dos mineros em greve, Arthur Seargill. Na capa do disco "Anthems Against Scum" ("Hinos Contra a Escória", uma clara alusão aos fascistas) colocaram o busto de Lênin com a foice e o martelo acima. Cantaram em "Songs of Spartacus" a música antifascista italiana "Bandiera Rossa" (Bandeira Vermelha).

MySpace Oficial da banda


Rage Against The Machine

Os Rage Against the Machine (também conhecidos como Rage ou RATM) foram uma banda de rapcore estado-unidense. Foram uma das bandas mais influentes e polémicas dos anos 90.
Demonstravam, através de letras e atitudes, a sua revolta e luta por ideais políticos. Lutaram contra a censura, a favor da liberdade e em prol dos menos favorecidos. Misturando funk com hardcore, usavam a sua energia em palco como forma de comunicar as suas ideias ao público.
Logo após a banda terminar em 2000 os três membros (Tom Morello, Tim Commerford e Brad Wilk) se juntaram a Chris Cornell ex-vocalista do Soundgarden e lançaram 3 albums com a banda Audioslave. Em 2007 a banda Rage Against the Machine voltou, com os membros originais, para 4 concertos ao vivo, entre eles os festivais Coachella e Rock The Bells.
Uma das coisas mais interessantes da banda é o logo da banda, uma bandeira preta com uma estrela vermelha no centro, símbolo do Exército Zapatista de Libertação Nacional.
O RATM foi proibido em alguns anos de tocar em certos estados estadunidenses, devido a censura as suas letras politicas.


Site Oficial da banda


E no Brasil...

Subversivos

Um espectro Subversivo ronda a cena punk recifense...
A história é bastante difundida e todo mundo conhece. Na alvorada do movimento Punk, um grupo de misantropos da periferia londrina reunia-se em guetos para celebrar a marginalidade e execrar o stablishment. Em um desses saraus, um certo Johnny Rotten rabiscou em um papel uma letra para a sua banda chamada Sex Pistols, onde ele rimava I Wanna Be com Anarchy. Pouco tempo depois, Anarchy in the UK tornar-se-ia o hino de toda uma geração iconoclasta, revoltada com o massacre de que eram vítimas em diversos aspectos de suas vidas. O movimento punk se alastraria pelo mundo e ditaria tendências estéticas a serem seguidas nas décadas conseguintes. Da licença poética de Rotten, nasceu um artefato ideológico que dominaria todos os punks do mundo. Hoje, para muitos, Punk e Anarquismo são duas palavras que rimam tão bem quanto Be com Anarchy.
Os SUBVERSIVOS resolveram insurgir-se contra tudo isto e dar ao punk um conteúdo ideológico adverso. Punk, pra eles, rima mesmo é com comunismo. Surgidos em 97, a banda levanta a bandeira grafada pela imagem da foice e do martelo. O próprio símbolo da banda é uma paráfrase visual do famigerado ícone da união entre proletários e camponeses da revolução Bolchevique, onde o braço de um Contrabaixo assume o lugar do martelo. Esse sincretismo político-musical é bastante simples de ser explicado e encontra fundamentos na própria teoria do realismo socialista soviético, que configurou a estética da arte russa durante todo o século XX. Seguindo essa linha, os SUBVERSIVOS acreditam na arte engajada, na arte transbordante de conteúdo político e exaltante de fervor revolucionário. Basta ler as letras das músicas do grupo. Um dos refrões mais melódicos é dedicado à Revolução Russa, em um tom de quem tem a convicção de que a história não acabou: "o espírito de 17 sempre será lembrado com os ventos do leste".
Com CD lançado no ano de 2000 e produzido de forma inteiramente independente, através do selo criado pelo próprio grupo "Marx´s not dead! Records", os SUBVERSIVOS têm uma proposta de auto sustentabilidade para a cena punk. O refrão do "faça você mesmo", princípio basilar do movimento, é aplicado em todos os momentos da banda. A cartilha punk é toda retomada e revisitada em seus aspectos políticos e ideológicos. O primeiro CD chama-se "Hinos de Uma Luta de Classes", contém 7 faixas e teve tiragem de 200 cópias, todas esgotadas através de vendagem no esquema underground.
Preocupados sempre com o conteúdo, os SUBVERSIVOS fizeram do seu primeiro CD um Kit completo com manifestos, adesivos, encartes bem trabalhados e resolução sonora bem definida. Sofrendo influências musicais do Punk 77 e dos anos 80, assim como do Ska, hardcore melódico e outros, os SUBVERSIVOS se definem como uma miscelânea orientada por um fio condutor criado no septuagésimo sétimo ano do século XX. Uma banda com músicos sofisticados de educação clássica de conservatório e de músicos cujo sofejo desafinado se reduz a uma nota só. New school e Old School unidos em síntese dialética. Uma banda subversiva.

(Fonte)



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Essas são apenas três bandas, pra eu não me alongar muito no texto. Ainda existem outras bandas, como o Red London, Red Alert, Blaggers I.T.A, de punk, e muitas outras. Em outros estilos também se encontram manifestações comunistas, como no Heaven Shall Burn, banda germânica de Death Metal/Hardcore, bem agressivo, e o enfático Brujeria, banda de Death metal mexicano, q além de ironizar o satanismo e a fraca política mexicana, apoia o EZLN e é claramente anti-estadunidense.

Enfim, minha humilde paixão por música me fez conhecer essas, mas existem muitas outras q eu posso ter omitido aqui. Se alguém conhecer alguma, estou aberto a críticas.

Fontes: Wikipédia, Google, e eu mesmo.

Um comentário:

luan disse...

Tô muito interessado nesse tema! O socialismo estava em alta no início do século XX e foi assim até o final de 80 quando a difamação das empresas de telecomunicações capitalistas fizeram uma lavagem cerebral no povo. Sei que chico buarque já se declarou. Tom Jobim, em entrevista ao roda viva, diz que era normal ser comunista na sua época (meio que com saudade). Vinícios tem até o poema um proletário na construção, conteúdo claramente marxista.